Modern Art: The Card Game - Gryphon Games



Um jogo de Reiner Knizia, para 2 a 5 jogadores, a partir dos 8 anos de idade, com a duração de 30 minutos. 

 
OBJETIVO DO JOGO
Em Modern Art: The Card Game, os jogadores são críticos de arte, colecionadores e donos de galerias. Todos têm o seu artista favorito neste panteão de grandes - ou pelo menos até o jogo começar. Tal como acontece nas galerias de arte à volta do mundo, gostos e opiniões mudam constantemente no mundo de Modern Art. O tesouro de hoje é o lixo de amanhã, e ninguém tem mais influência nos valores dos artistas que os jogadores neste jogo.

COMPONENTES
  • 5 Cartas de Artista
  • 95 Cartas de Obra-de-Arte
  • 12 Fichas de Valor (4 de cada: 1, 2 e 3)
  • 5 Fichas de Prémio (5 Fichas de 2)
  • Nota: Caneta e papel são necessários para pontuar, mas não são incluídos.

PREPARAÇÃO DO JOGO
Dispõe as cinco cartas de Artista na seguinte ordem, numa fila no meio da superfície de jogo: Lite Metal (17), Yoko (18), Christin P. (19), Karl Gitter (20) e Krypto (21). Os números indicam quantas Cartas de Obra-de-Arte existem por cada artista.

Coloca todas as fichas de Valor e de Prêmio de lado. Baralha as Cartas de Obra-de-Arte e dá a cada jogador uma mão de 13 cartas. Coloca as restantes num baralho com a face para baixo à direita das Cartas de Artista. Revela uma "carta extra" do topo do baralho, colocando-a com face para cima à direita do baralho.

O jogo é jogado ao longo de quatro rondas. Os jogadores, em cada turno, jogam uma carta de Obra-de-Arte da sua mão, à sua frente. Uma ronda termina quando, um acumulado (todos os jogadores combinados) de seis (ou cinco num jogo de 2 jogadores) Cartas de Obra-de-Arte de um artista, estiverem expostas. Os jogadores pontuam depois as suas Obras-de-Arte expostas - quantas mais existirem de um dado artista, maior é o valor de cada uma delas.

O JOGO
Um jogador é escolhido para começar a primeira ronda, o jogo continua no sentido horário. No turno de cada jogador, ele escolhe uma Carta de Obra-de-Arte da sua mão e coloca-a com a face para cima à sua frente. As Cartas de Obra-de-Arte devem ser agrupadas por artista à frente de cada jogador. Algumas cartas mostram um símbolo, nas Regras em Português que disponibilizamos abaixo pode encontrar uma explicação detalhada do que cada um faz.

 
FINAL DA RONDA
Com três ou cinco jogadores, uma ronda termina quando a sexta Carta de Obra-de-Arte de qualquer artista for exposta - total de todos os jogadores - incluindo a "carta extra" à direita das Cartas de Artista. Com dois jogadores, a ronda termina quando a cinca obra-de-arte de um artista for exposta. Se a carta que termina a ronda mostra um símbolo, a ronda termina instantaneamente e o símbolo é ignorado.

Se um jogador não tiver mais cartas na sua mão, ele deixa de participar na ronda. No caso raro de todos os jogadores terem jogados todas as suas cartas, a ronda termina.

Para pontuar a ronda, os jogadores revelam as cartas com a face para baixo, que jogaram durante a ronda e adicionam-nas aos grupos de Cartas de Obra-de-Arte respetivos. Depois, colocam uma Ficha de Valor 3 ao lado Carta de Artista com mais Obras-de-Arte expostas, uma Ficha de Valor 2 ao lado da segunda com mais obras-de-arte expostas e uma Ficha de Valor 1 ao lado da terceira com mais expostas. Os empates são resolvidos a favor do artista com o menor número (de 17 a 21), mostrado na Carta de Artista.

Ao valor de cada Carta de Obra-de-Arte de cada um dos 3 artistas que lideram a ronda, adiciona-se o valor das Fichas de Prémio. Os outros dois artistas não pontuam nesta ronda, mesmo que tenham Fichas de Valor e/ou Prémio na sua Carta de Artista, de rondas anteriores.

Começando com o jogador que terminou a ronda e continuando no sentido horário, cada jogador calcula o valor das suas cartas expostas. O resultado é registado num bloco de notas. Por cada artista diferente com Cartas de Obra-de-Arte expostas à frente do jogador, ele pode jogar uma carta adicional da sua mão, juntá-la às suas Cartas de Obra-de-Arte e pontuá-la.


Depois de se pontuar, as três Fichas de Valor são colocadas na Carta de Artista e todas as Cartas de Obra-de-Arte são descartadas do jogo. Antes de começar a nova ronda, uma nova "carta extra" do baralho é mostrada, com a face para cima, à direita do baralho. Esta Carta de Obra-de-Arte "extra" conta para o total acumulado de seis (ou cinco num jogo de dois jogadores) que termina a ronda.

A cada jogador são dadas Cartas de Obra-de-Arte adicionais do baralho, para preencher novamente a sua mão. Consulta as Regras em Português disponibilizadas abaixo para mais detalhes sobre este passo.

O jogador à esquerda do que terminou a ronda, começa a nova ronda. Ao pontuar nas rondas futuras, as Fichas de Valor e de Prémio nas Cartas de Artista das rondas anteriores, contam para o valor de cada carta exposta - se o artista estiver no "top 3" da ronda em questão. Os dois artistas com menos obras-de-arte expostas na ronda não pontuam - mesmo que tenham Fichas de Valor/Prémio na sua Carta de Artista, de rondas anteriores.


 
FINAL DO JOGO
O jogo termina quando a carta ronda for pontuada. O jogador com mais pontos é o vencedor.


 
Análise ao Jogo

GERAL
Quando obtemos o Modern Art – The Card Game, a vontade de o experimentar foi imediata. Este é uma reinvenção do jogo Master’s Gallery, sendo uma versão mais diminuída, compacta e supostamente “leve”. Estamos sempre dispostos a experimentar novos jogos “pequenos”. Não que não gostemos de jogos que demoram meia hora a preparar e 3 a jogar, mas, de vez em quando, sabe bem ter um jogo que se possa montar em 30 segundos e jogar num quarto de hora. Numa primeira impressão, este parecia o jogo ideal para isso.

ABRIR A CAIXA
Antes sequer de abrir a caixa, ficamos entusiasmados, as dimensões da mesma fazem com que seja fácil de guardar e de transportar. Dentro da caixa, encontramos, para além do manual de instruções, 3 divisões. Essas, temos de admitir, formam uma configuração praticamente perfeita, com 2 espaços para cartas e 1 espaço para fichas. É um jogo simples e com poucos componentes, um aspeto positivo que faz com que se ganhe a vontade de jogar, afinal de contas, não dá trabalho algum arrumá-lo.

FACILIDADE DE MONTAGEM
Este jogo é bastante fácil de montar. Separam-se apenas as fichas de valor e as fichas de prémio (as primeiras serão usadas no final de cada ronda; as segundas durante), baralham-se as cartas e distribuem-se as mesmas pelos jogadores. Existem 5 cartas diferentes (verso amarelo ao contrário do normal preto), cada uma destas corresponde a um artista. São organizadas de forma ascendente (consoante o número que apresentam). Será sobre estas cartas que as fichas de valor serão colocadas, no final de cada ronda. Saca-se uma carta extra, que conta para fechar a ronda, e, está pronto! Bastante fácil de montar, sem dúvida.

COMPONENTES
O material, cartas e fichas, não é de má qualidade. As cartas têm uma textura plastificada que recebeu sentimentos vários. Há quem ache este material agradável, e há quem simplesmente deteste dada a sua rugosidade. As fichas são do habitual cartão usado para marcadores e fazem o que é preciso. Como este jogo não é rico em componentes, e como se trata de um jogo pequeno, para jogar aqui e ali, é da nossa opinião que é o apropriado. Embora claro, nada de especial. A caixa e os suportes para os componentes nela, são, por acaso, bastante resistentes. Um dos aspetos negativos é a não inclusão de algo onde registar as pontuações, como um pequeno bloco com as divisões, etc. Para organizar os resultados e para que ninguém se perdesse nos pontos, acabamos por ter de imprimir algumas tabelas para registar.
ASPETO/GRAFISMO
Aqui, Modern Art – The Card Game, prima somente por um aspeto. Infelizmente esse aspeto é a caixa do jogo, cuja imagem e combinação de cores é bastante apelativa. Tudo o resto neste jogo é, em termos de estética, aborrecido. As cartas, 100 delas, mostram todas as mesmas imagens. Isto tira um pouco a “mística” e afasta-nos da temática do jogo. Se supostamente se expõe as obras de cada artista, era agradável que não houvesse tantas cópias das mesmas. Uma maior variedade de imagens de cada artista teria sido uma alteração agradável. A simbologia faz o que é necessário, e limita-se a isso, é um jogo objetivo e não pareceu haver grande esforço neste aspeto. Isto foi algo que nos desiludiu neste jogo, o aspeto e o grafismo pode não ser o que mais importa num jogo, mas ajuda e sempre cativa novos jogadores. Este, com as suas cartas de imagens repetidas e cores banais, falha em fazê-lo.

JOGABILIDADE
O jogo joga-se ao longo de quatro rondas. Antes de começar, cada jogador recebe 13 cartas. A vez, cada jogador coloca uma carta de um dado artista no seu “expositor” ou “galeria”. Quando se atingir um dado número de cartas de um certo artista (consoante o número de jogadores e acrescentando a carta extra), a ronda termina e os pontos são atribuídos. O artista com mais cartas recebe uma ficha de valor 3, o segundo uma de 2 e o terceiro uma de 1. Os jogadores calculam o valor de cada carta no seu expositor. Se durante o jogo se jogaram cartas especiais que colocam uma ficha “2” num artista, esse 2 é adicionado ao valor da carta. Nas rondas seguintes, estas fichas mantêm-se, nas rondas finais as cartas valerão muito mais que na primeira.
As mecânicas deste jogo não são complicadas, o jogador tem simplesmente de reagir ao que os outros jogaram, tentando que na altura de pontuar, tenha cartas do artista que “vale mais”. As cartas que permitem alterar o ritmo do jogo surgem regularmente, estas permitem jogar cartas “escondidas”, colocar fichas de prémio, etc.
Com dois jogadores, revelou-se uma experiência que entretém bastante. Não é um jogo fantástico que nos faz querer jogar mais e mais, mas é uma boa aposta para preencher tempos mortos. A três e quatro jogadores, a experiência deixou algo a desejar, o jogo rapidamente se tornou monótono e repetitivo. A contagem dos pontos “quebra” o ritmo do jogo, e, com quatro rondas/quatro contagens, foi o suficiente para nos deixar com vontade de jogar algo mais rápido.

COMPLEXIDADE DAS REGRAS
As regras do Modern Art – The Card Game são tudo menos complicadas. Desde que nos apercebemos da forma como as fichas funcionam, o jogo fluiu fácil e rapidamente. O manual (ou panfleto, dadas as dimensões) é de fácil interpretação e traz bons exemplos que ilustram bem as situações de jogo.

REJOGABILIDADE
Dada a natureza de “preenchimento” deste jogo, a rejogabilidade liga-se diretamente ao interesse do grupo alvo. Como não tem uma raiz competitiva e o consideramos um jogo “leve”, provavelmente só “sairá” pontualmente.

TEMÁTICA
O jogo chama-se Modern Art – The Card Game, a primeira impressão é que vamos ter ilustrações alusivas e um bom design. Infelizmente essa parte perdeu-se. O jogo distancia-se da temática e transforma-se num jogo de cartas. Um maior esforço em fazer o jogador crer no seu papel, poderia ter criado uma melhor experiência.

CONCLUSÃO
Para um jogo que se intitula Modern Art, está longe de ser uma obra-prima. Mesmo assim, não desgostamos, e será um jogo a que iremos voltar quando o tempo for pouco, ou quando o grupo for adequado. Aconselhamos que imprimam as vossas próprias tabelas e criem um sistema de ranking/torneio, de forma a tornar o jogo mais competitivo.




Tema/Objectivo









5
Mecânica/Regras









7
Componentes/Artwork









4
Jogabilidade/Interacção









7
Estratégia/Dificuldade









6
Duração/Diversão









5
Originalidade/Criatividade









5
Preparação/Começar a jogar









8
Caixa do jogo/Apresentação









8
Preço/Vale o Dinheiro









6
Apreciação Global6,1


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Paulo Santos
Diogo Silva
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