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Lord of the Rings Trivia Game - Fantasy Flight Games



Um jogo de Christian T. Petersen para 2 a 4 jogadores, a partir dos 12 anos, com a duração de 90 minutos

 

Componentes

1 Tabuleiro de Jogo

4/6 Figuras de Hobbit

400 Cartas de Perguntas

48 Fichas de Área Especial

113 Fichas de Recurso

1 Dado de Recursos

1 Suporte de Cartas

 

Preparação

Começa por colocar o tabuleiro em cima da mesa. Cada jogador escolhe uma figura e coloca-a na primeira casa (esquerda). Cada jogador recebe também uma ficha de Espada, uma ficha de Movimento e uma Ficha de Anel. Escolhe um baralho de cartas, embaralha-o e coloca-o no suporte de cartas. Determina o primeiro jogador aleatoriamente e estão prontos a jogar.

 

Movimento

Para se movimentarem, os jogadores têm de pagar o custo de movimento entre cada etapa (está assinalado no tabuleiro). Depois de o pagarem, resolvem o evento dessa etapa. Se esta tiver um olho colorido, o jogador tem de responder a uma pergunta (verde – fácil; azul – média). Algumas áreas têm uma borda colorida, onde o jogador retira uma ficha de área especial. Estas fichas têm eventos próprios que têm de ser resolvidos imediatamente.

 

Responder a Questões

Quando o jogador encontra uma questão, o seu adversário á direita pega na carta do topo do baralho e mostra a sua frente ao jogador que vai responder. Conforme a dificuldade, o jogador que irá responder pode escolher a questão (Fácil ou Média) ou não (Difícil). Cada questão oferece recompensas de fichas ou lançamento do dado, pelo que o jogador deve ter em conta os seus recursos antes de escolher a questão. Conforme a dificuldade, o jogador que faz questão lê a pergunta e três (fácil) ou quatro (média e difícil) respostas. Se o jogador tiver sucesso, avança para a área e o seu turno continua. Se falhar, o seu turno termina e volta para a posição onde começou o seu turno (ou abrigo/haven).

 

Turnos, Descansar e Abrigos

Ao longo do jogo, os jogadores vão avançando pelo mapa. Contudo, quando falham, têm de voltar à casa onde começaram o seu turno, a não ser que tenham ultrapassado um abrigo (círculos verdes). Se o jogador quiser parar para descansar (para obter recursos ou para garantir que não retorna casas), pode optar pela opção Repousar, onde lança dois dados de recursos, obtendo o que estiver assinalado.

 

Final do Jogo

O jogo termina quando um jogador alcança Mount Doom e supera um dos desafios de final do jogo.

 



Análise ao Jogo

Geral

Talvez um dos mais “nicho” da coleção, The Lord of the Rings – Trivia Game é daqueles jogos que precisa de um grupo específico, familiarizado não só com os filmes, mas também com os livros da saga do Senhor dos Anéis. Encontrar esse grupo pode não ser a tarefa mais fácil, mas em contrapartida, o jogo de tabuleiro revela-se uma experiência divertida e longe do típico Trivial Pursuit. Embora claramente apropriado para jogadores que conhecem o mundo de Tolkien, este jogo não discrimina aqueles que não fazem a mínima ideia sobre quem é o Tom Bombadil e a cor da sua casaca naquela obscura canção que ele cantou no primeiro livro.

 

Abrir a caixa

É curioso como um jogo de Trivia consegue ter caixas mais compostas que muitos épicos de estratégia cheios de figurinhas. A primeira coisa que encontramos são as regras. Um booklet com a explicação completa e uma folha A4 com as regras rápidas. Depois de tirarmos o simples tabuleiro, vemos um fantástico insert de plástico, onde cada componente encaixa perfeitamente e fica tudo arrumado, pronto para iniciar o próximo jogo. Isto é, como é claro, uma preciosidade, mas queremos sempre que os nossos jogos sejam quase “pick up and play” e uma boa caixa ajuda imenso. É também possível jogar os componentes (cartas e marcadores) diretamente da caixa, caso o espaço seja pouco.

 

Componentes

Para além das óbvias cartas com as questões, o jogo inclui também figuras coloridas que representam os Hobbits, um dado com vários símbolos e uma série de marcadores redondos e quadrados, em cartão. As cartas são de boa qualidade e a caixa traz um organizador que facilita o seu uso em jogo. Os restantes marcadores são simples, mas fazem o que é preciso. Dado o funcionamento do jogo, não se pede muito mais. O tabuleiro que mostra a viagem dos Hobbits ao longo da Terra Média é resistente e dobra-se em três, fechando-se facilmente dentro da caixa.

 

Aspeto/Grafismo

Embora baseado num mundo fantástico, o jogo não apresenta grande detalhe gráfico para além daquilo que se encontra na frente da caixa. A simbologia utilizada é, na verdade, bastante simples de identificar, mas está longe de refletir a visão da Terra Média e das criações de Tolkien. Mesmo o tabuleiro apresenta apenas o mapa numa vista geográfica, com círculos coloridos que mostram cada uma das etapas. Monótono é capaz de ser uma descrição demasiado forte, pelo que ficamos pelo “funcional”.

 

Jogabilidade

Esta não deixa de ser um jogo de trivia e isso nota-se bem, mas ao contrário dos restantes jogos desta natureza, existe uma tentativa de o animar e dinamizar com elementos de tabuleiro. Para efetuar uma deslocação, os jogadores têm de fazer uso das fichas de Espada, Movimento e/ou Anel. Para se moverem para uma nova zona, é necessário responder a questões que oferecem recompensas (mais fichas com símbolos), mas também existem fichas de eventos em locais específicos e é possível modificadores. Por pouco, este parecia um jogo a sério. Substituam-se as perguntas e respostas por lançamento de dados e temos um autêntico World of Warcraft – The Adventure Game. Ao longo do percurso, os jogadores vão também encontrar “havens” onde podem repousar e onde ficam salvos caso percam na resposta às questões.

 

Para progredir no jogo, obviamente, é necessário responder às questões apresentadas. Todas estas podem ser respondidas em três níveis de dificuldade. No nível Fácil, o jogador atual escolhe uma das três perguntas (não vê a questão, mas sim a recompensa a obter) e o jogador à sua direita lê a questão e três opções. No modo médio, isto repete-se, mas existem 4 opções (uma está entre parêntesis) e no modo difícil, é o jogador à direita que escolhe a pergunta que considerar mais difícil. A dificuldade, contudo, não interessa, pois algumas perguntas são tão obscuras que até os maiores conhecedores do lore do Senhor dos Anéis terão dificuldade. Uma das perguntas, tal como mencionado acima, era sobre a cor da casaca que figurava na canção de Tom Bombadil. E não, ele não aparece nos filmes.

 

Por vezes e por mais que uma vez, o jogador vai ficar sem recursos para avançar. Se isso acontecer, pode descansar e lançar o dado, para obter, aleatoriamente, uma série de recursos úteis. Mesmo que a sorte não o favoreça, pode sempre usar anéis por vez dos restantes itens e pode ser que um evento traga alguma proteção inesperada. Mesmo que o jogador seja um dos maiores conhecedores do lore, o seu progresso poderá ser parado por eventos de zona, pelo que dificilmente alguém irá correr o jogo de uma ponta à outra num turno.

 

Complexidade das Regras

É um jogo de perguntas e respostas. Se acertarem, avançam. Se errarem, voltam para trás. Não é propriamente física quântica. De qualquer das formas, as poucas regras que existem são acessíveis e preparar o um jogo novo é muito fácil, mesmo com jogadores novos. Num turno ou dois, o jogador descobre imediatamente tudo aquilo que necessita.

 

Rejogabilidade

Seria de pensar que este jogo não teria grande componente de rejogabilidade, mas tendo em conta que este inclui quatro baralhos de 100 cartas com três perguntas cada uma, há muita coisa para explorar.

 

Temática

A temática do jogo não pode ser mais específica. É Senhor dos Anéis encontra Trivial Pursuit com mecânicas de um jogo de aventura. Para quem adora este universo e sublinhe-se a palavra ADORA, é sem dúvida uma ótima aquisição.

 

Conclusão

Como referido, este é um ótimo jogo para quem é fã e conhecedor da saga, ou até mesmo para quem goste e queira conhecer um pouco mais. O jogo é igualmente divertido quando se erra e se pergunta “quem?” e a conclusão é que só quem leu os livros é que deve saber. Contudo, lemos os livros e não fazemos ideia da cor da casaca do Tom Bombadil na tal canção.



Tema/Objectivo









7
Mecânica/Regras









6
Componentes/Artwork









5
Jogabilidade/Interacção









6
Estratégia/Dificuldade









5
Duração/Diversão









6
Originalidade/Criatividade









7
Preparação/Começar a jogar









8
Caixa do jogo/Apresentação









7
Preço/Vale o Dinheiro









7
Apreciação Global6,4

dreamwithboardgames
Christian T. Petersen,Ted Nasmith
Fantasy Flight GamesBoardGameGeek


Paulo Santos
Diogo Silva

Spectral Rails - Z-Man Games

Um jogo de Morgan Dontanville, para 3 a 4 jogadores, a partir dos 12 anos de idade, com a duração de 60 minutos.


Objetivo do Jogo
Em Spectral Rails, assumes o papel de um maquinista de um comboio fantasma. A tua tarefa é encontrar almas perdidas nas cidades fantasma e entregá-las às suas cidades natais, para que possam descansar em paz. Fazes isto colocando fazendo avançar o teu comboio, através do uso de éter, mas deixando um trilho do mesmo, que pode ser aproveitado pelos teus adversários. Como maquinista, pontuas por cada alma que entregues, e por bónus de entregar conjuntos de almas. O Maquinista que pontuar mais, vence o jogo.

As cidades fantasma estão ligadas entre si por caminhos místicos de energia, chamados linhas ley. O teu comboio viaja por essas linhas ley, entre as cidades, usado "O Éter" como fonte de energia. Viajar faz com que surja um caminho de éter atrás do tee comboio, à medida que te moves. Mas como qualquer maquinista fantasma sabe, o Éter é uma coisa curiosa. Os outros Comboios Fantasma podem viajar no teu éter de graça, logo os outros Maquinistas podem aproveitar-se do caminho que acabaste de percorrer. No entanto, o teu Comboio Fantasma nunca pode viajar no teu trilho de éter; basicamente bloqueia-te. Não temas; como o éter, é de natureza "etérea", o teu caminho vai dissipar-se com o tempo...



 
Componentes
  • 1 Tabuleiro de Jogo (A)
  • 4 Tapetes Comboio Fantasma (B)
  • 54 Blocos de Alma (C)
  • 6 Marcadores de Comboio Acidentado (D)
  • 1 Marcador de Espírito Líder e Base de Plástico (E)
  • 8 moedas para o Maquinista (2 por jogador) (F)
  • 36 Cartas de Éter em 4 conjuntos coloridos - 9 cartas por conjunto (G)
  • 4 Comboios Fantasma em 4 cores (H)
  • 52 Trilhos de Éter em 4 cores. 13 peças de cada cor. (I)

Preparar o Jogo

1. Coloca o tabuleiro no centro da mesa. O lado correto depende do número de jogadores. O tabuleiro de 4 jogadores inclui a Califórnia, o de 3 não.

2. Cada jogador escolhe uma cor e recebe 1 Tapete de Comboio, 1 Comboio Fantasma, 9 Cartas de Éter e 13 Trilhos de Éter nessa cor. Para além disso, cada jogador recebe 2 Moedas de Maquinista. As cartas de éter formam a tua mão, o resto dos elementos são colocados à tua frente. Garante que tens espaço suficiente ao lado do teu tapete de comboio, para jogares as tuas cartas e formar a tua fila de descarte, como é mostrado no exemplo ao lado.


  • Área de Fila de Descarte de Cartas de Éter (A)
  • Tapete de Comboio (B)
  • Mão de 9 Cartas de Éter (C)
  • Moedas de Maquinista (D)
  • Comboio Fantasma (E)
  • Reserva de Trilhos de Éter (F)
3. Divide os blocos de alma por cor (uma pilha escura e outra clara) e coloca os 18 blocos claros de lado, para serem usados na segunda ronda do jogo. Baralhas os 36 blocos escuros e coloca dois blocos em cada cidade fantasma, aleatoriamente. Por exemplo, poderias colocá-los com a face para baixo inicialmente, e depois virá-los para cima. Ou, se quiseres uma configuração mais rápida, coloca-os com a face para cima, através de um processo que todos os jogadores concordem e em que nenhuma atenção é dada às almas que vão para cada cidade.

 
4. Olha para os blocos de alma que acabaste de colocar e verifica se algum deles, está atualmente na sua cidade natal (por exemplo, uma alma Organ, colocada aleatoriamente em Organ). Se existir alguma, remove-as do jogo (estas almas já chegaram ao seu lugar de descanso), como mostrado abaixo.

5. Coloca os 3 marcadores escuros de comboio acidentado nas cidades com ícones de comboio escuro (Coloma, Ruby e Como). Os comboios acidentados vermelhos/claros são colocados de parte, para usar na segunda ronda.

6. Dá o marcador de espírito líder ao jogador mais sonolento (ou através de outro método). Este jogador é agora, o novo líder Espírito temporário, e tem de iniciar a licitação para definir o líder espírito para a primeira sequência do jogo (vê Escolher o Líder Espírito).

7. Os jogadores realizam a sua colocação de comboio inicial, começando com o vencedor da licitação para líder espírito, e continuando pela ordem dos jogadores (ver Escolher o Líder Espírito).

Como Jogar
O Spectral Rails é jogador em duas rondas. Cada ronda consiste de várias sequências. As sequências são jogadas em três fases, e cada fase é jogada por turnos (pela ordem dos jogadores), começando com o líder espírito e continuando no sentido horário à volta da mesa:

I. Fase de Escolher o Líder Espírito: Cada maquinista pode licitar ou passar até que todos tenham passado.

II. Fase de Movimento: Esta fase é jogada por turnos. Cada maquinista, por ordem, realiza um movimento completo, até todos passarem.

III. Terminar a Fase de Movimento e Reabastecimento: Quando todos os maquinistas tiverem passado o turno de movimento, reabastecem as suas cartas e moedas.

I. Escolher o Líder Espírito
Esta é uma fase de licitação para controlo do marcador de líder espírito. Começando com o líder espírito atual, podes usar carta de éter para licitar, para ganhar o direito de quem será o próximo líder espírito. Se venceres a licitação, podes escolher ser o líder espírito ou escolher outro jogador para o mesmo. Se escolheres ser o líder espírito, fica com o marcador para ti, senão, dá o marcador de líder espírito ao outro jogador.

Para começar a licitação, o líder espírito atual passa, ou escolhe um qualquer número de cartas da sua mão e, coloca a licitação com a face para cima à sua frente. Estas cartas têm de ser jogadas por ordem (escolha do jogador), da esquerda para a direita (como mostrado). “2” é a 1ª carta; “1” é a segunda; “3” a terceira.

Depois, continuando no sentido horário, cada maquinista pode licitar para ultrapassar a maior licitação, colocando o valor, em cartas de éter, na sua fila de descarte. As cartas têm sempre de ser jogadas numa fila, da esquerda para a direita, em frente ao jogador. A ordem com que as cartas são jogadas, é muito importante para o jogo e tem de ser sempre mantida. Quando as tuas cartas de éter tiverem sido jogadas, não as podes reorganizar, têm sempre de ser deixadas na ordem em que as jogaste.

Para te tornares o maior licitador, a tua licitação tem de satisfazer as seguintes duas condições:

Primeiro, o valor da tua licitação tem de exceder a licitação atual (por exemplo: se a licitação atual for 4, tens de licitar 5 ou mais).

Segundo, o número de cartas na tua licitação tem de ser igual ou maior ao número de cartas que estás a tentar vencer (por exemplo: se o maior licitador atual usou 3 cartas para fazer a sua licitação de 4, tens de usar pelo menos 3 cartas para licitar 5 ou mais).

O maior licitador recebe o marcador de líder espírito e tem algumas ações especiais, que apenas ele pode realizar. Estas ações estão descritas em detalhe no livro de regras, traduzido para português, que disponibilizamos abaixo.

Exemplo de licitação:

Pat é líder espírito e abre a licitação com 1, jogando um "1". Morgan segue-se e licita 3, jogando "2" e "1". Agora, se Chris quiser cobrir a licitação de Morgan, tem de licitar 4, e usar pelo menos 2 cartas. Chris escolhe licitar 4, jogando "2" e "2". Pat passa e recebe a sua carta "1". Morgan passa, escolhe receber a sua carta "1" e vira a carta "2" para baixo. Chris vira ambas as cartas "2" para baixo e recebe 4 dos seus trilhos de éter do tabuleiro. Depois, Chris recebe o marcador de líder espírito de Pat. Chris escolhe quem vai ser o líder espírito para as restantes fases. Chris decide dá-lo a Morgan em vez de ficar com ele. Morgan é agora o líder espírito.

Depois de se licitar, e somente no início da primeira ronda, dá-se a colocação inicial de comboios, cada jogador coloca o seu comboio na cidade que desejar, começando pelo líder espírito e seguindo no sentido horário.

II. Fase de Movimento


Começando com o líder espírito, cada maquinista realiza um turno de movimento completo, e depois, no sentido horário por turno, cada maquinista realiza o seu turno de movimento, até que todos passem. Quando passares o teu turno de movimento, não podes mover-te novamente durante a fase de movimento atual. Cada turno de movimento é realizado na seguinte ordem:

Ordem de Turno de Movimento

» A.Recolher uma Alma
» B.Mover o teu Comboio Fantasma
  • a. Jogar Cartas de Éter
  • b. Escolher os teus Trilhos de Éter
  • c. Colocar Trilhos de Éter
  • d. Mover o teu Comboio
  • e. Moedas e Circunstâncias Especiais
» C.Entregar Almas
 
O jogador pode realizar estas ações, várias vezes, durante a fase de movimento. Se se encontrar numa cidade fantasma no início do seu movimento, pode recolher uma alma. Para se mover usa cartas de éter que são jogadas como na licitação. O número de trilhos colocados varia consoante as cartas jogadas. Todas estas ações estão descritas em detalhe no livro de regras, traduzido para português, que disponibilizamos abaixo.


 
Fim da Ronda 1 e Configuração da Ronda 2
Terminar a Ronda 1: Existem três marcadores de comboio acidentado da ronda 1 no tabuleiro (Coloma, Ruby e Como). Quando um comboio fantasma para, ou atravessa uma cidade com um marcador de comboio acidentado, o comboio fantasma causa um acidente (presumivelmente assustou um maquinista do mundo real, e fez o comboio ter o acidente). O marcador de comboio acidentado correspondente é removido do tabuleiro, e colocado no espaço apropriado no trilho de comboios acidentados, no canto inferior esquerdo do tabuleiro. Quando os três acidentes da ronda 1 acontecerem, a ronda 1 termina, no final da fase de reabastecimento (assim, todos têm a oportunidade de terminar todos os seus movimentos antes do final da ronda). Quando todos os jogadores tiverem completado os seus movimentos e reabastecido, a ronda 1 termina e tens de configurar a ronda 2.

Para preparar a Ronda 2, tens de colocar os blocos de alma e marcadores de comboio acidentado da ronda 2 (os de fundo claro, deixados de parte na configuração inicial) no tabuleiro. O líder espírito atual coloca os três novos marcadores de comboio acidentado nas cidades com os ícones de acidente brancos (Eagle Mountain, Ophir e Organ).

O líder espírito atual é responsável por esta colocação dos blocos. Escolhe um método aleatório (sem ver) para colocar um bloco de alma da ronda 2 (não dois como na ronda 1) em cada cidade fantasma, e remove quaisquer blocos de alma da ronda 2, que foram colocados aleatoriamente na sua cidade natal. Está tudo pronto para começar a ronda 2. Começando com o líder espírito atual, começa a licitação para o novo líder espírito.

Final do Jogo
O jogo termina quando o último marcador de comboio acidentado da ronda 2 for removido, e todos tiverem completado os seus turnos de movimento na fase de movimento atual.

Pontuar
Os jogadores somam as suas pontuações assim:

Almas de Um Ponto: Blocos de alma na secção "1" do teu cemitério valem +1 ponto.
Almas de Dois Pontos: Blocos de alma na secção "2" do teu cemitério valem +2 pontos.
Almas Zangadas: Estas são almas ainda a bordo do teu comboio no final do jogo. Estão furiosas porque lhes foi prometida a passagem para casa, mas não cumprida. -1 ponto cada.

Bónus:
O Bónus de Estado: Se entregaste pelo menos uma alma às três cidades de um Estado, recebes +3 pontos por cada conjunto completo.

O Bónus Todos-os-Estados: Se entregaste pelo menos uma alma a cada um dos seis estados (ou cinco num jogo de 3 jogadores) recebes +6 pontos num jogo de 4 jogadores, ou +5 pontos num jogo de 3 jogadores, por cada conjunto completo.

Nota: O mesmo bloco de alma serve para cada um dos bónus.

Exemplo de Pontuar:
Aqui está o tapete de comboio fantasma de Azul, no final de um jogo de quatro jogadores:

 
Almas de Um Ponto Entregues (14) = 14 pontos;
Almas de Dois Pontos Entregues (14) = 6 pontos;
Almas Zangadas no Comboio (2) = -2 pontos;
Bónus de Estado (4) (A, B, C & D) = 12 pontos;
Bónus de Todos-os-Estados (2) (1 e 2) = 12 pontos;
Total Final de 42 Pontos.

Ganhar o Jogo
O maquinista com mais pontos ganha.
No caso de empate, o maquinista com mais cartas na mão é o vencedor. Se ainda existe empate, dos jogadores empatados nas cartas, o jogador com o maior valor nas cartas da mão ganha. Se ainda existe empate, os maquinistas partilham a glória.


Análise ao Jogo
GERAL
Spectral Rails é um jogo cuja ideia promete. Ficamos entusiasmados com a temática e com as supostas mecânicas, que nos transformam em maquinistas do após-vida. Tem tudo para ser um bom jogo, mas alguns pormenores podem deixar alguns jogadores de “pé atrás”. Contudo, é um jogo de fácil aprendizagem, que não necessita de constantes leituras do manual para esclarecer um problema.

ABRIR A CAIXA
Antes sequer de abrir a caixa, ficamos a olhar para a mesma. A ilustração está muito bem conseguida e capta o tema na perfeição. A organização dentro da caixa é típica, logo, é necessário usar saquinhos de plástico ou caixinhas para guardar os componentes. Embora isto seja um hábito e um quase standard, ainda é algo que achamos que podia ter mais cuidado.

FACILIDADE DE MONTAGEM
Já nesta fase, o jogo pode deixar alguns jogadores desmotivados. Depois de se colocar o tabuleiro (escolhendo o lado que queremos, consoante o número de jogadores), de se distribuir os tapetes, comboios, trilhos e moedas, há que montar o tabuleiro em si. Esta tarefa pode ser algo morosa. Separam-se os blocos de alma, os escuros e os claros. Depois, os escuros vão para o saco preto para serem baralhados. Da primeira vez que jogamos, seguimos o manual de instruções, sem pensar muito. Acabamos por ter de baralhar novamente porque o mesmo, não faz referência aos blocos que têm de ser retirados para o jogo de 3 jogadores. Como a Califórnia não faz parte do jogo de 3 jogadores, há que retirar esses blocos escuros e claros, antes mesmo de começar a jogar. Baralham-se os blocos escuros corretos e, dispõem-se os mesmos, um a um, aleatoriamente nas cidades. Isto demora algum tempo, principalmente porque é necessário colocar os blocos com a face para baixo e depois virá-los para cima. Quando se termina este processo, os jogadores já olham para o teto. Aconselhamos que o dono do jogo o prepare de antemão.

COMPONENTES
Os componentes deste jogo são de boa qualidade. O tabuleiro é sem dúvida um dos pontos altos. O material do mesmo é resistente e tem dobra-se bem sem criar desgaste. Tem também um acabamento “envernizado” e brilhante que lhe dá um aspeto fantástico. Os tabuleiros de comboio fazem o que é preciso, embora achemos que faltou um pouco de imaginação e pensamento crítico na construção dos mesmos. As restantes peças são os comuns blocos, cartas e pequenas peças de madeira. Os blocos de alma e de comboio acidentado podiam ter sido melhor pensados, por vezes é complicado distinguir qual o destino da alma, e, em alguns, a ilustração não está centrada. Estes blocos têm o nome da cidade impresso e a cor do estado a que pertencem, o que facilita o processo. As cartas podiam ser mais resistentes, dado o facto que estão em constante uso e tememos que se desgastem rapidamente. As suas dimensões não facilitam o processo de encontrar protetores para as mesmas, pelo que aconselhamos o fabrico de personalizadas. Os comboios e trilhos são de madeira, nos formatos a que já estamos habituados. Embora o material seja agradável, gostávamos de ter visto a locomotiva com mais detalhe, afinal de contas, é o elemento principal do jogo.

ASPETO/GRAFISMO
De uma forma geral, este jogo tem uma boa aparência. Gostamos particularmente da caixa e do tabuleiro. Em ambos, notou-se um cuidado especial. O uso de cores “lusco-fusco” criam o ambiente e ajudam o jogador a entrar na história e temática. Os tabuleiros de comboio apresentam tonalidades que não são fáceis de distinguir, e o excesso de ilustração complica o jogo, algo mais simples, mais perto do tom das peças, teria sido bastante mais agradável. O mesmo acontece com as cartas de éter. Como mencionamos acima, pode ser complicada a visualização de certas peças. Em suma, este jogo, visto de uma forma geral funciona bem e tem uma estética bastante agradável, apenas alguns pormenores podiam ter sido melhor trabalhados e elaborados com maior cuidado.

JOGABILIDADE
No que diz respeito ao jogo em si, tivemos várias opiniões, positivas e negativas. Durante o jogo, o objetivo geral é a entrega de almas perdidas às suas cidades. O tema “apanhar e entregar” e a mecânica “gestão de mão” parecem funcionar, e de uma forma geral fazem-no. No entanto, em alguns momentos notamos que algumas mecânicas se podem tornar maçadoras e tiram a mística viajante, principalmente num jogo de vários jogadores. As mesmas mecânicas, por outro lado, fazem com que o jogo acelere.
Depois da configuração inicial, o jogo avança para uma fase de licitação. Estas começam a tornar-se repetitivas, o que não é um problema do jogo mas sim da indústria. Nesta fase, as licitações têm de ser cobertas em valor e em número de cartas. Isto ajuda, faz com que a licitação (que ocorre várias vezes) não seja maçadora, dado que ninguém se quer ver livre das cartas tão rápido. O vencedor da licitação pode retirar alguns trilhos do tabuleiro e escolhe quem é o primeiro jogador da ronda. Embora este processo seja rápido, faz parte da grande estratégia do jogo, temos de controlar a nossa mão e calcular se nos é mais proveitoso gastar as cartas agora, ou mais tarde.
Segue-se a fase de movimento, e aqui é que as opiniões divergem. Podemos usar cartas de éter para colocar trilhos e mover o nosso comboio, mas, também podemos usar os trilhos dos adversários para nos movermos de graça. O que constatamos é que, num jogo de 4 jogadores, preenche-se tanto do tabuleiro que rapidamente nos vemos (quase sempre) a usar os trilhos dos adversários. Isto não é uma má mecânica, mas com certos jogadores, simplesmente não funciona. É um jogo que brilha para quem gosta de responder ao jogo do adversário, não para quem gosta de ser independente. Estes movimentos, permitem-nos entregar as almas e pontuar. Se o nosso comboio tiver três almas, a quarta, quinta e sexta, custam-nos mais uma carta de éter. Isto serve para evitar o monopólio das almas, e para que por vezes os jogadores simplesmente não possam (ou não queiram) recolher mais uma, a custo de movimento.
A ronda termina quando passamos ou paramos nas cidades com comboios acidentados, o que pode ser rápido ou lento. De uma forma geral, achamos que esta mecânica não é uma boa forma de terminar a ronda, simplesmente porque coloca alguns jogadores numa situação complicada – ninguém quer perder. Não apresenta grandes problemas no final da primeira ronda, mas na segunda é frustrante.
As pontuações são calculadas consoante as almas que recolhemos, seja da primeira ou da segunda ronda. Pontuamos bónus se satisfizermos certos critérios e somos penalizados se tivermos almas a bordo do comboio no final do jogo.
Como dissemos, algumas mecânicas deixam algo a desejar e fazem com que o jogo tenha ritmos completamente diferentes. Não desgostamos, funcionam para o efeito, mas preferíamos que existisse maior equilíbrio, e uma outra forma de terminar a ronda.

COMPLEXIDADE DAS REGRAS
Este jogo não é complexo. O manual lê-se bem e é de fácil compreensão. Por vezes repetitivo, ou talvez adamante, mas funciona. O jogo apresenta no entanto algumas regras de “escape”, que achamos que eram situações de desenrasque, que podiam ter sido executadas de outra forma (situação do comboio ficar preso, retirar trilhos, etc.).

REJOGABILIDADE
Como este jogo é um pouco aleatório, será sempre uma experiência diferente. As colocações dos trilhos e as opções que temos serão sempre várias. No entanto, não se expande muito. Como o tabuleiro é diferente de 3 para 4 jogadores, aconselhamos também que se varie o número dos mesmos, para criar experiências diferentes. Os fãs de jogos de comboios vão certamente gostar e não terão grande dificuldade em fazer deste um jogo regular.

TEMÁTICA
No que diz respeito a manter-se fiel à temática, este jogo vence. O seu aspeto transporta-nos para o sudoeste americano e assumimos o papel de maquinistas do após-vida com extrema facilidade. É simplesmente absorvente. Gostamos também do facto que trata todo o tema com um pouco de humor e que não se leva muito a sério.

CONCLUSÃO
Spectral Rails, numa primeira instância, não parecia ser um jogo que fossemos apreciar, mas surpreendeu-nos pela positiva. Alguns aspetos poderiam ter sido melhor “limados” mas, de uma forma geral, é um jogo capaz de proporcionar alguns bons momentos.


Tema/Objectivo









8
Mecânica/Regras









6
Componentes/Artwork









7
Jogabilidade/Interacção









7
Estratégia/Dificuldade









8
Duração/Diversão









6
Originalidade/Criatividade









7
Preparação/Começar a jogar









5
Caixa do jogo/Apresentação









7
Preço/Vale o Dinheiro









7
Apreciação Global6,8


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