Um jogo de Klaus Burmester para 2 jogadores, a partir dos 7 anos, com a
duração de 10 minutos.
Conteúdo:
1 Tabuleiro de jogo (impresso em ambos os lados) com 1 para o Jogo
básico (QANGO 6) e 1 para o jogo avançado (QNAGO 7).
40 Peças de jogo
Objetivo do jogo:
Passo a passo, coloca as tuas peças numa das três possíveis posições
vencedoras e evite que o teu oponente faço-o primeiro.
O tabuleiro:
O Tabuleiro de jogo consiste em 36 campos, três dos quais têm a mesma
cor (com contorno). Portanto, existem 12 x 3 campos da mesma cor.
Como jogar:
Os jogadores revezam-se colocando uma peça de sua cor (branca ou preta)
em qualquer espaço vazio no tabuleiro. Ganha o jogador que afete primeiro as
suas peças nas seguintes condições:
-Três campos de uma cor ocupados: vermelho, amarelo, azul, verde, ou
laranja;
-OU ocupou um quadrado de quatro campos adjacentes;
-OU uma série de cinco campos adjacentes - horizontalmente, verticalmente
ou diagonalmente.
O jogo termina com a vitória de um jogador ou um empate quando todos os
campos são ocupados.
As mesmas regras se aplicam ao QANGO 7 e ao QANGO 6.
A única característica especial é o campo laranja no meio, que não
pertence a um grupo de três. Pode ser ocupado e também usado para vencer por
quadrado ou série 5.
Se jogares todas as 40 peças, o jogo termina empatado.
Quando tivemos conhecimento da existência do Qango, tudo fizemos para
obter um exemplar do jogo. Podemos dizer que foi um amor à primeira vista. Como
sabem, temos uma paixão especial por este tipo de jogos abstratos. Graças à
nossa parceria com a MasQueOca foi possível satisfazer o nosso desejo.
Quando o jogo chegou às nossas mãos, tivemos que ultrapassar um pequeno
obstáculo. As regras do jogo que acompanham o jogo estavam em Alemão.
Recorremos ao BGG na esperança de encontrar a tradução para Inglês, mas sem
sucesso. Não tivemos outra alternativa, se não, fazermos a tradução de Alemão
para Português. Não é uma novidade para nós, uma vez que já fizemos isso noutros
jogos, como por exemplo Alea Iacta Est e Zehnkampf. Contudo, nesses jogos
tivemos a ajuda dos seus autores, mas com o Qango tivemos de avançar sozinhos.
No entanto chegamos a bom-porto mais depressa do que era expetável, tendo as
ilustrações das regras, que por sinal estavam muito bem concebidas,
contribuindo muito para isso.
A caixa do jogo está bem ilustrada, dando a perceção correta do que
vamos encontrar no seu interior, um jogo enigmático e abstrato. São dois bons
adjetivos para caraterizar este Qango.
Infelizmente, o interior da caixa não tem qualquer divisória para
acomodar as peças do jogo, as quais vêm dentro de dois sacos plásticos. No
entanto, o material escolhido é de boa qualidade. O mesmo se pode dizer do
tabuleiro de jogo. Relativamente à sua ilustração não podíamos esperar muito,
quando estamos perante este tipo de jogos, limita-se a apresentar áreas
coloridas em diferentes cores, o necessário para o objetivo do jogo.
Basta uma leitura às regras do jogo, que depois da tradução para
Português se traduz em duas páginas A4, para percebermos a mecânica do jogo e
iniciar de imediato o Qango.
Quando começamos a jogar o Qango, e com as primeiras vitórias e
derrotas, depressa percebemos que existe alguma semelhança, ao nível estratégico,
e sobretudo na importância da colocação da primeira peça em jogo por parte do
jogador inicial, com o clássico “Jogo do Galo”. Se a colocação da primeira peça
for inteligente, obrigará o teu oponente andar sempre atrás do prejuízo, sem
que tenha grande margem de manobra para reverter a situação, isso se,
continuares a colocar, de forma inteligente, as tuas peças em jogo. Daí que
Klaus Burmester tenha criado regras avançadas para evitar que jogadores
experientes iniciem o jogo e tirem vantagem de ser o jogador inicial, de tal
forma que diminuem drasticamente as hipóteses do seu opositor.
Por aqui se depreende facilmente que estamos perante um jogo muito
interessante, que absorveu, o que melhor os jogos clássicos como o “Jogo do
Galo” e “Quatro em Linha” tinham, para criar uma mecânica interessante e bem
conseguida.
Neste tipo de jogos abstratos/Mind Games, em que há muito pouco espaço
para o erro ou distração, não é possível dar a receita ideal para a vitória.
Contudo, a atenção, a concentração e a capacidade mental de visualizar os
movimentos futuros de colocação de peças passíveis de criar situações de
iminente vitória, sem que se possa reverter a situação, são fatores decisivos
na concretização do objetivo do jogo.
O Qango é um excelente jogo abstrato/mind game para 2 jogadores, talvez
dos melhores do género. Apesar de ser para 2 jogadores, pode ser disputado num
formato de campeonato, possibilitando assim a participação de mais jogadores,
tornando-o ainda mais aliciante.
O Qango deve fazer parte de qualquer coleção lúdica e é um excelente
jogo para qualquer evento de jogos de tabuleiro. Além disso, pode perfeitamente
fazer parte de qualquer olimpíada de matemática.
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Maria Constança | |
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