Steam - Railes - DEVIR

devir
Um jogo de Martin Wallace para 3 a 6 jogadores, a parir dos 12 anos, com a duração de 120 minutos.

Objectivo do Jogo
No Steam vais construir linhas de caminhos-de-ferro para que possas distribuir mercadorias ao longo de uma rede ferroviária.
Neste jogo tens a incumbência de construir vias férreas, ao mesmo tempo que tens de preocupar com o melhoramento da tua locomotiva para que possas fazer entregas a distâncias mais longas.
Ao transportar mercadorias ao longo de um dos mapas do tabuleiro do jogo, ganhas pontos de vitória que podes adicionar ao teu rendimento ou aos teus pontos de vitória.

Os mapas estão divididos em hexágonos e cada um deles representa um tipo de terreno:
- Planícies
- Montanhas
- Zonas Costeiras
- Cidades
- Rios
- Vilas

As construções das vias férreas são concretizadas através do posicionamento de peças de linhas de comboios no mapa.

Cada cidade inicia o jogo com algumas mercadorias, representadas através de cubos coloridos. Esses cubos devem ser entregues ao longo das vias férreas para aumentar o teu rendimento ou os teus pontos de vitória.

Uma cidade só pode receber cubos da sua cor. Existem cidades cinzentas que não aparecem no tabuleiro do jogo. Estas cidades só entram em jogo através do posicionamento de peças de “Nova Cidade”.

Ao longo do jogo podes transformar uma vila numa cidade para que possas dar ao jogo novas oportunidades de entregas e de distribuição de mercadorias.

Uma cidade também pode receber mercadorias adicionais, mas esta situação só pode ocorrer uma única vez durante o jogo.

Vais precisar de dinheiro para pagar os melhoramentos necessários das locomotivas, assim como para expandir as tuas vias férreas. Podes obter dinheiro no final da tua vez de jogar, mas também o podes obter diminuindo o teu nível de rendimento.

No final do jogo, o jogador com mais pontos de vitória é o vencedor.


Conteúdo:
-1 Tabuleiro de dupla face;
- 136 Peças de Linhas de Comboio;
- 10 Marcadores de Crescimento da Cidade
- 8 Peças de “Nova Cidade”
- 7 Peças de Acção
- 96 Cubos de Bens
- 144 Marcadores de Jogador
- 67 Marcadores de Dinheiro
- 1 Marcador de Turno
- 1 Saco
- 1 Livro de Regras



Dinheiro
Relativamente ao dinheiro, os jogadores têm de levantar dinheiro do banco para gastar na construção de vias férreas ou para melhorar as suas locomotivas, assim como, para cobrir outros custos que possam surgir.
Um jogador recebe $5 do banco, cada vez que necessite de levantar dinheiro. Por cada $5 recebidos, o jogador move o seu marcador do Indicador de Rendimento em uma posição para baixo.
Sempre que o nível de rendimento de um jogador for de -$10 e precise de levantar dinheiro, só tem uma saída, reduzir 2 dos seus pontos de vitória por cada $5 que precise levantar. Se o jogador não tiver pontos de vitória, fica impedido de levantar dinheiro.


Modo de Jogar
Tens duas formas de jogar este jogo: Jogo Base ou Standard

No Jogo Base existem 6 Fases:
1. Escolher Peças de Acção
2. Construir Linhas
3. Mover Bens (ou melhora a locomotiva) – 2 rondas
4. Rendimento e Despesas
5. Determinar a Ordem de Jogar
6. Novo Turno

Antes de começar a jogar realiza-se um leilão para determinar a ordem de jogar da 1ª jogada. Com o decorrer do jogo vais perceber o quanto pode ser importante a ordem de jogar para a tua estratégia. Contudo, na tua primeira abordagem ao jogo podes fazer isto de uma forma aleatória.

O jogo termina após a fase 4 na última jogada. Num jogo com cinco ou seis jogadores existem 7 jogadas, num jogo com quatro jogadores existem 8 e num jogo com três jogadores existem 10. Isto está bem assinalado no “Indicador de Turno de Jogo”.



Jogo Standard
Quando dominares as regras do Jogo Base podes aventurar-te a jogar o Jogo Standard, que introduz mais complexidade ao jogo.

Existem três diferenças importantes entre o Jogo Base e o Jogo Standard:
1. No início de cada vez de jogar, cada jogador tem de decidir quanto dinheiro vai levantar.
2. Os jogadores fazem ofertas pela sua posição na ordem de jogar, em todas as jogadas, mas não fazem qualquer outro pagamento pela peça de Acção que escolhem.
3. Cada jogador tem de pagar pela manutenção da sua locomotiva em todas as jogadas.

Os jogadores com estas alterações são obrigados a planear antecipadamente os gastos, uma vez que há menos dinheiro disponível, e não podem arriscar em entrar em bancarrota.

As fases no jogo Standard são:
1. Comprar Capital
2. Determinar a Ordem de Jogar
3. Escolher Peças de Acção
4. Construir Linhas
5. Mover Bens
6. Rendimento e Despesas
7. Novo Turno


Mais um jogo de Martin Wallace sobre comboios, utilizando a mesma receita: entregar cubos através de linhas de caminhos-de-ferro, ao longo de um mapa.
Quem estava à espera por algo novo e inovador neste jogo, sobre o tema dos comboios, vai ficar um pouco desiludido.

Os jogos com a chancela de Martin Wallace são sempre bem concebidos, bem planeados e com muita estratégia, este “Steam” não foge à regra.
As ilustrações são interessantes, assim como o material do jogo. Em relação ao material do jogo, está na linha das últimas produções de Martin Wallace, materiais recicláveis em madeira e em cartão.
Ao contrário de outros jogos, o “Steam” não tem miniaturas de locomotivas para fazer a marcação dos proprietários das vias férreas. A única pequena miniatura existente é utilizada para marcar as jogadas do jogo.
Como fã do “Railroad Tycoon” e dos jogos com o máximo de realismo possível, não vejo que tenha havido grandes evoluções no “Steam” em relação ao “RailRoad Tycoon”. Contudo, para aqueles que não têm um exemplar do “RailRoad Tycoon” ou não querem despender um montante elevado para o ter, e que gostam de jogos mais fáceis de montar em cima de uma mesa, este jogo é uma boa opção.
No entanto, não posso deixar de referir que o “Steam” é um irmão do jogo “Age os Steam”.

O “Steam” tem uma grande vantagem que pode pesar na sua aquisição, a edição DEVIR, traz o livro de regras em Português. Tratando-se de um jogo de Martin Wallace é sempre bom ter as regras traduzidas.
O “Steam” é um jogo simples, fácil de compreender e de jogar.
A mecânica do jogo não traz novidades em relação a outros jogos com o mesmo tema ou de Martin Wallace ou até de outros jogos no mercado.
Apesar de pecar pela originalidade, quem é apaixonado por jogos de comboios, ou quem é um fã de Martin Wallace, vai querer ter este jogo na sua colecção.
O tabuleiro de dupla face é também uma mais-valia neste jogo, pois temos 2 mapas para jogar o jogo.

Foi o 2º jogo que analisei aqui no dreamwithboardgames, sem que tenha feito a sua tradução para Português. Relativamente à tradução do Pedro Venâncio, no geral, está boa e bem escrita, contudo, encontrei algumas gafes, para as quais chamo atenção, porque podem causar alguma confusão quando estamos a ler as regras:
- Página 2 – fundo da página, desenho dos componentes – são 10 marcadores de crescimento da cidade e não 9 como está impresso.
- Página 7 “Outras Limitações” 1º paragrafo, em vez de (B) é (G).

Nota negativa para a caixa do jogo que não tem qualquer arrumação individual para os componentes do jogo. Nem sequer vem acompanhada dos utilitários sacos plásticos para que possamos arrumar as peças de forma organizada.

Tentei utilizar o mínimo possível as peças do jogo, uma vez que este exemplar vai fazer parte do concurso da Devir & dreamwithboardgames. Utilizei para o efeito peças dos outros jogos irmãos deste jogo.


dreamwithboardgames
Martin WallaceDEVIR
BoardGameGeek



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Paulo Santos
Paulo Santos
Maria Constança Silva

3 comentários:

dreamwithboardgames disse...

Esta "receita" já começa a enjoar... Acho que o Martin Wallace está com falta de imaginação... acho que o $$$ estão a falar mais alto...

Joana disse...

Como não tenho nenhum dos jogos de comboios de Martin Wallace, este até me parece ser fixe.

Anónimo disse...

Martin Wallace está a perder credibilidade depois do que fez com a Eagles Games. Acho que o homem só pensa em dinheiro... ele não cumpriu com um contrato de 25.000 GBP que recebeu da Eagles Games.
Agora ganhou mais um tanto com a Mayfair Games.
É só somar!!!
O dinheiro subiu à cabeça do homem de tal forma que agora só faz jogos iguais sobre comboios, sem qq originalidade e sem mais valia.
É uma vergonha!

Mateus
Viseu