Um jogo de Klaus-Jürgen Wrede para 2 a 5 jogadores, a partir dos 10
anos com a duração de 40 minutos.
Introdução
A cidade de Carcassonne situa-se no sul de França e é famosa
pelas suas belas fortificações Romanas Medievais. Os jogadores desenvolvem a
área em redor de Carcassonne e colocam os seus seguidores nos caminhos, nas
cidades, nos claustros e nos campos. A capacidade dos jogadores em desenvolver
a área e usar os seus ladrões, cavaleiros, agricultores e monges irá determinar
o vencedor.
Componentes do jogo
72 peças de território
40 fichas de seguidores em 5 cores
1 marcador de pontuação
1 livro de regras
Objetivo do jogo
Os jogadores, alternadamente, posicionam as peças de territórios,
construindo caminhos, cidades, campos e claustros. Nas peças de território, os
jogadores podem posicionar os seus seguidores com o objectivo de ganhar pontos
(durante o jogo e no fim do jogo). O vencedor será o jogador com a maior
pontuação.
Modo de Jogar
No seu turno, cada jogador:
- Deve tirar uma peça de território dos montes das peças e posicioná-la
em jogo;
- Pode posicionar um dos seus seguidores na peça que acabou de jogar;
- Se com essa peça completar um ou mais caminhos, cidades ou claustros,
temos de imediato uma pontuação.
Pontuação
Fim do Jogo
O jogo
termina quando a última peça de território é posicionada.
Depois disso
temos a pontuação final.
Vencedor
O jogo com o
maior número de pontos.
Um dos objetivos
do dreamwithboardgames para
2015 é dar visibilidade às editoras que apostam no mercado Português, editando
jogos de tabuleiro na língua de Camões. Quem revela tal coragem, merce todo o
nosso apoio, porque são muito poucas as editoras que o fazem e que conseguem
apresentar um cardápio completo, desde o site bem elaborado à impressão de
catálogos com as suas produções.
A Devir é um
dos bons exemplos de aposta contínua no mercado Português e na Língua de
Camões. É indescritível a sensação de prazer que se tem ao esfolhar, com as
nossas mãos, um catálogo de jogos de tabuleiro em Português. A Devir consegue
proporcionar essa satisfação. Para quem infelizmente não teve essa felicidade,
pode ver aqui o catálogo da Devir. Contudo, não é a mesma coisa que ter na mão
uma impressão de tipografia.
O desafio
que propusemos à Devir em fazer “reviews” à série Carcassonne editada em
Português, não foi só um desafio para a Devir, mas também para nós, porque
estamos perante um dos campeões de vendas, com mais de 7 milhões de exemplares
vendidos. No entanto vale a pena correr o risco, quando a intenção é apresentar
o que bom se edita em Português, no mundo de sonho dos jogos de tabuleiro.
É com todo o
prazer que voltámos a ter a Devir como nosso parceiro. A Devir foi uma das
nossas primeiras parcerias que ajudaram a crescer o dreamwithboardgames.
Não há
alegria e satisfação maior do que pegar numa caixa com a frente e o verso traduzidos
para Português, dando a importância merecida à língua de Camões.
A caixa está
muito bem ilustrada, criando na perfeição o ambiente mediável em que se
desenrola o jogo. É daquelas caixas que numa prateleira de uma loja, dá vontade
de pegar e trazer para casa. O cuidado com a ilustração não ficou apenas pela
parte externa da caixa. No interior encontramos duas divisórias muito bem ilustradas,
capazes de acomodar perfeitamente todos os componentes do jogo. Para comprovar
o cuidado que houve na produção deste jogo, o marcador (pequeno tabuleiro onde
se registam as pontuações) tem no seu verso uma ilustração alusiva ao jogo, construída
com as ilustrações das peças de território.
As peças de
território, têm ilustrações q.b. que desempenham muito bem a sua importante
função no jogo e conseguem transmitir correctamente o ambiente medieval aos
jogadores.
Todos os
materiais em cartão são de qualidade, tendo a espessura ideal à sua utilização
no jogo.
Outro prazer
que podemos ter com este Carcassonne da Devir é a inclusão do livro das regras
em Português.
O
Carcassonne é um exemplo de como um jogo com regras simples e fáceis de compreender,
consegue ser viciante e desafiante. O fácil não significa estarmos perante um
jogo de dados. Nada disso! O Carcassonne não tem necessidade de recorrer a esse
expediente, nem a cartas para que a sua mecânica seja funcional. Contudo, o
fator sorte tem um peso considerável, a partir do momento que temos de tirar as
peças de território de forma aleatória.
Ao longo do
jogo, os jogadores só tem de tirar uma peça de território de um dos montes das
peças, e colocá-la em jogo. A seguir o jogador pode posicionar um dos seus
seguidores na peça de território que acabou de jogar. Se conseguir que essa
peça de território complete um ou mais claustros, caminhos ou cidades, temos de
imediato a pontuação.
Uma ficha
colocada na cidade é um cavaleiro, num segmento de caminho é um ladrão, num
segmento de campo é um camponês e num claustro é um monge.
Um ladrão
num caminho completado vale 1 ponto por cada segmento que faça parte do
caminho. Um cavaleiro numa cidade vale 2 pontos por cada segmento da cidade. Se
a cidade tiver um escudo, somam-se mais 2 pontos. Quando a cidade é construída sobre
2 peças de território, o cavaleiro vale dois pontos, mais um ponto por escudo. Um
monge vale 9 pontos. Os camponeses são pontuados no final do jogo durante a
pontuação final.
Também se
ganham pontos por cidades, caminhos e claustros incompletos. Isto só sucede
depois do fim do jogo durante a pontuação final, em que nas várias situações,
cada peça de território vale 1 ponto, assim como cada escudo nesta situação.
Na pontuação final remove os seguidores à medida que vais pontuando os
caminhos, cidades e claustros incompletos. Isto facilita a pontuação das
quintas. Posiciona um seguidor que não tenha sido usado, em cada cidade, á
medida que vais pontuando as cidades, para teres a certeza que todas as cidades
foram pontuadas, mas só um!
A mecânica
idealizada pelo autor, consegue de uma forma simples criar um jogo, que requer
atenção, inteligência e estratégia para conseguir tirar o melhor proveito dos
seguidores que cada jogador tem disponível ao longo do
jogo e posicionar da melhor maneira a peça de território acabada de tirar aleatoriamente
dos montes. Estes são factores determinantes no rumo à vitória. Há que fazer
uma gestão inteligente dos 7 seguidores, porque depois de posicionados nas peças
de território, só voltam a estar disponíveis para serem posicionados novamente nas
peças de território, quando cumprirem as condições de pontuação.
O Carcassonne jogado com a variante em que cada jogador pode ter três
peças na sua posse, aumenta significativamente a estratégia, ao mesmo tempo que
diminui o peso do fator sorte.
Em suma o
Carcassonne deve fazer parte de qualquer colecção de alguém enamorado por este
mundo de sonho dos jogos de tabuleiro, não fosse ele intitulado de “Clássico” e
ter sido jogo do ano de 2001, mas também, por ser um bom jogo familiar.
Estamos
ansiosos por jogar as expansões do Carcassonne disponíveis em Português
(esperem pelas cenas dos próximos episódios…).
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