Globalization - Sandstorm Productions LLC




Um jogo de Brian Knudson e Brent Knudson, para 2 a 6 jogadores, a partir dos 12 anos, com a duração de 60 minutos.

Objetivo do Jogo
Em Globalization, o jogador encabeça uma multinacional com um único objetivo: lucros. Cada participante tem de ultrapassar os seus adversários na corrida para os mercados, adquirindo novas empresas em seis tipos de indústria, aumentando assim o seu império financeiro. Para isso, será necessário reduzir os custos de operação, construir fábricas adicionais, processar adversários e levar empresas a público para o mencionado objetivo: lucros! A combinação das estratégias que implementares influenciará diretamente o resultado final desta aventura financeira… e já mencionámos que o objetivo é… LUCROS!

Regras do Jogo
O objetivo principal do Globalization é a expansão da tua empresa através da construção de escritórios pelo mundo, de forma a poderes adquirir uma combinação estratégica de negócios que tornará a tua empresa um império global imparável. O primeiro jogador a atingir Mil Milhões de Dólares em património líquido sem dívidas ganha o jogo.

Conteúdo:
«» 1 tabuleiro de jogo
«» 36 cartas de companhia
«» 4 conjuntos de peças coloridas (30 marcadores de companhia)
«» 20 Marcadores de Fábrica
«» 1 Dado de Juros
«» 4 Quadros de Combinações de Poder
«» 1 baralho de ATIVOS que inclui:
» 30 - cartas de Capital de $10M
» 30 - cartas de Capital de $5M
» 25 - cartas de Capital de $1M
» 1 - carta de Capital de $50M
» 6 - Cartas de processo judicial
» 6 - Cartas de Desastre
» 6 - Cartas de Corretor
» 6 - Cartas de Valor Aparente
«» 1 baralho de DÍVIDAS que inclui:
» 10 - cartas de $50m
» 15 - cartas de $10m
» 15 - cartas de $5m
» 15 - cartas de $1m

O Tabuleiro de Jogo
No tabuleiro existem os logótipos de 36 empresas disponíveis para compra. São divididas em 6 indústrias:
Energia, Finanças, Manufatura, Tecnologia, Recursos e Média. Cada região tem 4 empresas e cada mercado tem 2 empresas de cada indústria. As companhias estão classificadas de 1 a 6, sendo 1 a mais barata e 6 a mais cara.
O tabuleiro deve parecer-se com isto após a preparação:


Preparação
Remove cinco cartas de $1M, cinco cartas de $5M e cinco cartas de $10M do baralho de ATIVOS e coloca-as com a face para cima em 3 pilhas separadas (uma para cada denominação) à direita do tabuleiro para servir como BANCO. Baralha as restantes cartas de ATIVOS e coloca-as com a face para baixo à direita do tabuleiro ao lado do banco. Durante o jogo, à medida que o baralho de ATIVOS se esgota, reinicia o banco para o seu estado inicial (cinco de $1M, cinco de $5M e cinco de $10M) e baralha quaisquer cartas que sobrem com a pilha de descarte.
De seguida, separa as cartas de DÍVIDA com uma pilha cartas -$1M, uma pilha de cartas -$5M, uma pilha de cartas -$10M e uma pilha de cartas -$50M. Coloca-as com a face para cima no lado esquerdo do tabuleiro.
Baralha o baralho de EMPRESAS e coloca-o com a face para baixo no lado direito do tabuleiro ao lado das pilhas de BANCO.
Durante o jogo, descarta para a pilha de descarte a não ser que estejas a reabastecer o banco e baralha novamente o baralho de ATIVOS quando este se estiver quase a esgotar.
Define alguém para tomar conta das cartas de ATIVOS, alguém para tomar conta das cartas de DÍVIDA e alguém para tomar conta das cartas de EMPRESAS.


Começar o Jogo
Começando com o jogador mais velho, cada jogador escolhe os seus marcadores coloridos (Roxo, Amarelo, Verde, Branco) e saca uma carta do baralho de EMPRESAS. Se uma empresa de valor 1 é sacada, coloca-a no fundo do baralho e saca outra carta de EMPRESAS. Esta empresa vai determinar o teu MERCADO INICIAL (* ver construir escritórios) e quanto dinheiro vais poder pedir emprestado (* ver empréstimos). Coloca um marcador de escritório no quadrado de título da região no local da tua empresa. No mapa, coloca também um marcador na cidade da empresa.


 
Cada jogador saca dez cartas de ATIVOS do baralho de ATIVOS.
Para começar, o jogador com a empresa menos valiosa começa primeiro ($10M sendo a menos valiosa, $60M sendo a mais). Se existirem jogadores com empresas de igual valor, o primeiro turno vai para a empresa que surge primeiro alfabeticamente.
Os turnos dão-se no sentido horário para o resto do jogo.

Ganhar o Jogo
Quando o Património Líquido de um jogador é de Mil Milhões de Dólares sem qualquer dívida, eles podem ARRUMAR (* ver ARRUMAR). Este jogador recebe $100M de bónus adicionais por terminar que contam para o seu Património Líquido. Quando todos os jogadores tiverem jogado o turno final, o jogador com o Património Líquido mais alto (* ver calcular património líquido) ganha o jogo. 


Calcular Património Líquido
Cada jogador soma as cartas monetárias de Capital na sua mão, o valor das empresas possuídas e $10M por cada escritório e cada fábrica. Depois soma o seu Valor Aparente adicionando as suas Combinações de Poder alcançadas (* ver combinações de poder) e correspondentes cartas verdes de Valor Aparente (* ver cartas de valor Aparente). A soma destes números é o teu Património Líquido e o jogador com o mais alto Património Líquido no final do jogo ganha. 

Cartas de Valor Aparente
Estas cartas verdes valem $100M para o teu património líquido quando emparelhadas com a combinação de poder indicada.



As regras do jogo em detalhe:
Consulta o livro de regras, traduzido para Português, que disponibilizámos abaixo para obteres todas as regras do jogo.

Análise ao Jogo


Geral

Globalization é um daqueles jogos que nos deixa num impasse. Isto porque apresenta aspetos que são interessantes e outros que nos deixam a pensar duas vezes. É um jogo pequeno e “leve”, logo apropriado para jogadores casuais e novos jogadores (que passaram a vida a sofrer com noitadas de Monopólio). Um dos aspetos mais gratificantes (mas que ao mesmo tempo faz com que o jogo sofra em certos grupos: ver Temática) é a caracterização hilariante de cada empresa, que assenta em estereótipos não-ofensivos e na cultura pop.

Abrir a Caixa

Este jogo começa com o pé direito. Antes de abrir a caixa (que é bastante apelativa), verificamos que as dimensões da mesma são ótimas para arrumação, o que significa que não será necessário sermos ninjas do Tetris para conseguirmos encaixar o jogo na prateleira. Por dentro, espaços de arrumação específicos e bem acondicionados, o que é uma lufada de ar fresco. Não bate o Takenoko ou o Settlers of Catan, mas pelo menos não precisamos de elásticos, sacos de plástico ou caixas origami para arrumar os componentes!

Componentes

Dada a simplicidade do jogo, não seria de esperar uma grande quantidade de componentes. O essencial tabuleiro (o jogo baseia-se na disposição de empresas pelos continentes) ocupa praticamente toda a nossa mesa de jogo, mas não existem razões de queixa, a qualidade é fantástica! Para além do Golias que nos limita a zona pessoal de jogo temos os baralhos de cartas, impressos num papel plastificado que é agradável ao toque e que desliza facilmente na mesa, e os pequenos marcadores com codificação de cor. Os últimos podiam ter mais detalhe, mas estaríamos a ser picuinhas e isso aumentaria o preço do conjunto.

Aspeto/Grafismo
Globalization é um ótimo jogo para ter em cima da mesa, se quisermos convencer algum jogador menos confiante a participar. É vistoso, cheio de cor e com aspetos cómicos. As cartas são grandes e trazem ilustrações (tanto pictóricas como textuais) das empresas e nota-se um grande investimento nos seus pequenos pormenores. Para além disso, não é difícil de identificar os componentes, cartas e empresas, à exceção de algumas inscrições no tabuleiro que se tornam difíceis de ver (após alguns jogos já não são praticamente necessárias).
Facilidade de Montagem
Para montar o jogo apenas necessitamos de abrir o tabuleiro na mesa e dispor os restantes componentes – note-se que é semelhante a imensos outros títulos. Como este jogo se baseia em cartas de Ativos (dinheiro) e Dívida (…ah…dívida), começamos por organizar os baralhos e montes dos mesmos, separando os Ativos por valor (ver livro de regras disponibilizado abaixo para mais detalhes) para formar o banco e de seguida criando um monte para serem retiradas cartas durante o jogo (este baralho consiste na componente aleatória: ver Jogabilidade). Separam-se as cartas de Dívida, baralham-se as empresas e definem-se os jogadores que têm de ser vigiad… quer dizer, os jogadores que vão tomar conta dos vários baralhos – a honestidade é fundamental, tal como no Monopólio…
Os jogadores escolhem então a sua cor e retiram a sua empresa inicial do baralho de empresas – que define o seu mercado inicial (ver livro de regras). Os marcadores são colocados e… esta hilariante aventura financeira está pronta a começar...
Jogabilidade
No fundo, Globalization pode ser considerado mais um jogo de coragem que um jogo de estratégia. Dizemos isto porque qualquer jogador inicial vai ter medo das DÍVIDAS!!! (talvez seja efeito da crise). Contudo, é essencial criar dívidas neste jogo, para poder ter o capital suficiente para avançar. À medida que vamos avançando nos turnos, vamos tomando conhecimento do quão ingrata a nossa sorte é, dado que os Ativos (de onde obtemos o dinheiro e cartas de ação, mas mais importante… o dinheiro) são distribuídos aleatoriamente. Imediatamente após constatarmos isso, temos de pagar as despesas do nosso império… com dinheiro que não temos, logo é necessário ganhar coragem e criar dívidas, que com um pouco de sorte e estratégia serão pagas antes do final do jogo (dizemos com sorte porque não se pode ganhar o jogo com elas).
Uma grande parte do jogo são as transações e investimentos que fazemos, que têm de ser calculistas pois apenas nos interessam determinados negócios, que irão aumentar o nosso património (ver quadro de combinações de poder nas regras). Para um jogo simples, tende a complicar bastante quando o objetivo do jogador é ganhar e poder gabar-se do seu império financeiro… ou aniquilar as esperanças dos adversários.
São várias as estratégias que podemos tomar mas todas recaem em dois aspetos: quais os melhores investimentos que posso fazer a longo-prazo e… como vou arranjar dinheiro para pagar a próxima ronda!?
Complexidade das Regras
Como já referimos, este jogo não é complexo e no final do primeiro turno, praticamente todas as regras são assimiladas. O facto que se joga num ciclo rotativo de turnos facilita o processo, seguindo sempre as mesmas ações o jogador pode concentrar-se nos seus objetivos, em vez de perder tempo à procura do que “tem de fazer no passo 2”.
Rejogabilidade
Globalization promete várias iterações, quanto mais não seja para conhecermos todas as empresas e ler as suas pequenas descrições. Mas para além disso, o jogo também oferece variações ao estilo-base, que alteram pequenas regras mas que permitem outras experiências.
Temática
Apreciamos bastante toda a organização do jogo e a facilidade com que mexemos nos ativos e nas dívidas permite ao jogador abstrair-se de pormenores que o levariam para a seriedade. No fundo, podemos controlar um império financeiro sem nunca o levarmos muito a sério. Não queremos dizer que a experiência não seja imersiva mas, com aspetos como as descrições e os logótipos das empresas que fazem com que o jogo se torne numa paródia dele mesmo, não há como manter a seriedade. É também neste aspeto que consideramos que o jogo pode pecar. Um jogador que não conheça certas personalidades ou traços de nações e elementos da cultura pop, ou ainda que não tenha facilidade no inglês, joga o jogo sem qualquer problema mas apenas o encarará como um jogo de estratégia financeira e não como uma comédia.
Conclusão
Rematando, se apreciam um jogo leve, em que não seja preciso anotar as flutuações dos mercados e o vosso significado preferido de ações é “coisas a fazer”, adquiram o Globalization e divirtam-se a introduzir novos jogadores a este hobby.
 

Tema/Objectivo









6
Mecânica/Regras









5
Componentes/Artwork









8
Jogabilidade/Interacção









6
Estratégia/Dificuldade









7
Duração/Diversão









7
Originalidade/Criatividade









6
Preparação/Começar a jogar









7
Caixa do jogo/Apresentação









8
Preço/Vale o Dinheiro









7
Apreciação Global6,7


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Paulo Santos
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